segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O que eu quero mesmo é que sejas feliz. Não sei se sabes, talvez não tenhas tido tempo para perceber que para mim sempre foi e será isso o mais importante, mesmo que a vida te leve para outros caminhos e que nem sequer voltes a cruzar-te comigo. Não tivemos tempo para nada, o tempo é um ladrão, mas tu és um ladrão ainda mais esperto, porque roubas tempo ao tempo e foi assim que entraste e saiste da minha vida como um furacão. (...) E eu agora vou assistindo, a cada dia que passa, ao crescimento de um fosso imenso entre nós, apesar de todo o amor que sentimos um pelo outro. Já reparaste que este verbo conjugado nesta pessoa é igualzinho no passado e no presente? Mas isso agora não interessa, porque nem tu o queres conjugar em nenhum tempo nem modo, nem eu espero que o faças.
Há alguns anos que aprendi a amar assim e sei que as pessoas que partem são aquelas que amo e que por isso tenho de as deixar ir, mesmo que isso me deixe vazia e cansada. Aprendi a deixar partir as pessoas porque sei que nascemos e morremos sozinhos, que tudo o é realmente importante na vida descobre-se e aprende-se na solidão.
mrp

9 comentários:

  1. só posso concordar com a margarida!
    já vivi isto na pele e sei o quão verdade é.

    ResponderEliminar
  2. Todos sabemos que a Margarida Rebelo Pinto escreve textos fantásticos, mas o mais importante é saber e perceber que tudo o que ela escreveu neste pequeno excerto se encaixa como uma luva no que vives neste momento. Força MINHA linda. E manter-me-ei como anónimo. Pode ser que um dia me descubras.

    ResponderEliminar